quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

2011: O Povo na Rua

O ano de 2011 terminou. Como todos os anos, ele foi um ano de muito trabalho, de muita luta, de batalha pela sobrevivência, pelo menos para a grande maioria das pessoas. Mas, quando se observa o panorama mundial, 2011 se destaca como ano de muitas manifestações populares.
Tendo como pano de fundo o agravamento da crise financeira internacional, principalmente na Europa, várias manifestações ocorreram em muitos destes países, notadamente, na Grécia, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, etc. O alto desemprego, os programas de demissão de funcionários, a falta de perspectiva, principalmente para os jovens, foram fatores que impulsionaram o povo ir para as ruas, expressando sua indignação.
Nos Estados Unidos, maior economia do mundo, persistem os sintomas da crise imobiliária e financeira de 2008/2009. Com desemprego elevado e considerando que o capital financeiro, responsável pela crise, conseguiu que o governo pagasse, em grande medida, com o dinheiro do povo, os custos da crise, estes fatos causaram descontentamento em vários setores o que desencadeou o movimento “Ocupe Walt Street”, com manifestações populares em várias cidades americanas. Os manifestantes se colocavam como expressando os sentimentos dos “99% explorados pelo 1% de bilionários”, que causaram a crise e se beneficiaram dela.
Entre as conseqüências políticas da crise financeira e das manifestações houve a queda do governo conservador na Itália e a queda dos governos socialistas em Portugal e Espanha após as eleições.
 O ano de 2011, praticamente começou com grandes manifestações populares no mundo Árabe. Iniciou na Tunísia, onde um vendedor de frutas tendo sua mercadoria apreendida e não devolvida, colocou fogo no seu corpo e veio a morrer. As sucessivas manifestações derrubaram o governo. Seguiram uma série de manifestações populares por todo o Norte da África e no Oriente Médio. Além da Tunísia caiu o governo do Egito, da Líbia, do Yêmen. A revolta do Bahrein foi sufocada pelas tropas da Arábia Saudita e a crise persiste na Síria. A busca da liberdade e melhores perspectivas de vida, principalmente para os jovens, moveram as massas Árabes.
Merecem destaque também a luta dos estudantes chilenos pela melhoria da educação e a do povo russo por liberdade e por eleições limpas e sem fraudes.

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