quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O voto das Mulheres Árabes!

llO Rei Abdullah, da Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo, anunciou que as mulheres vão poder votar em 2015.
O país tem um produto interno bruto (PIB) de quase 500 bilhões de dólares e um produto interno bruto por pessoa (PIB per capta) de US$ 17.250 dólares por ano. A população é de 28 milhões de pessoas. Cerca de 60% da população tem menos de 25 anos. Apesar da riqueza do petróleo e da renda por pessoa ser acima da média mundial 28% dos sauditas estão desempregados. Há milhões de trabalhadores estrangeiros no país, cuja contratação sai mais barata por causa dos direitos trabalhistas.
Hoje 58% dos universitários do país são mulheres; mas o desemprego de mulheres é um dos maiores do mundo. Elas não podem abrir conta em banco, aceitar emprego, assinar contrato de aluguel ou viajar sem autorização do homem.
Pela “Lei do Guardião” as sauditas precisam de um homem para tudo na vida: marido, pai, ou filho. Elas precisam de autorização do pai para se separarem do marido e perdem a casa e a guarda dos filhos. O homem pode ter até 4 esposas, mesmo em condições econômicas difíceis: cerca de 80% da população vive de aluguel sem poder comprar casa própria.
Agora, as mulheres estão fazendo uma luta pelo direito de dirigir carro. Uma mulher saudita foi condenada pela “sentença das chibatadas” por estar dirigindo. Devido às repercussões negativas do fato para o país o rei mandou suspender a sentença.
No Brasil, o direito de voto das mulheres foi produto da Revolução de 1930. No Código Eleitoral de 1932, que regulamentou as eleições para a assembléia nacional constituinte, estava assegurado o voto feminino. Como Direito Constitucional, o direito do voto das mulheres no Brasil foi garantido pela Constituição de 1934.
A universalização do voto foi uma longa luta das correntes democráticas, populares e socialistas. Em alguns países da Europa, como a Suíça, as mulheres passaram a ter direito do voto a partir da década de 60 do século passado.
A chamada cidadania liberal, restringia o direito de voto aos proprietários de bens de raiz. Embora a Revolução Inglesa de 1689, a Revolução Francesa de 1789 e a Revolução Americana de 1776 tenham avançado a luta pelos direitos civis e políticos, o direito de voto ficou limitado. O direito do voto dos trabalhadores e das mulheres viria depois de muita luta.
A exclusão das mulheres da esfera política já estava presente na primeira experiência de democracia na Grécia, nos anos 500 a.C. No entanto, o direito de participação política é um importante passo na luta pela conquista dos direitos das mulheres. Que as mulheres árabes consigam novas conquistas!

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