quinta-feira, 21 de julho de 2011

Acabar com o Analfabetismo ?

Segundo dados do IBGE, em 2010, são 13,9 milhões de jovens, adultos e idosos que não sabem ler e escrever, ou seja, 9,6% da população de 15 anos ou mais. Porém, alguns estudos apontam 38 milhões de analfabetos funcionais no Brasil.
A UNESCO, órgão das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura definiu que é alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever uma mensagem simples. É alfabetizado funcional que é capaz de utilizar a leitura e a escrita para fazer frente às necessidades do meio social e usar essas habilidades para continuar aprendendo e desenvolvendo-se ao longo da vida.
O programa de governo do PSB, apresentado no VIII Congresso Nacional, em 2001, dizia: “O Brasil possui 18,3 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade. Três vezes mais do que o México, 20 vezes mais do que a Argentina e 52 vezes mais do que a pobre Cuba. O analfabetismo, considerado um mal s ser erradicado, é, ao mesmo tempo e paradoxalmente, aceito pela sociedade. Como resultado, o Brasil convive com índices de analfabetismo que comprometeu sua soberania, excluem parte de seu povo da tomada consciente de decisões, privam o homem da cidadania plena, a consciência de direitos e deveres, favorecem a perpetuação da miséria, da justiça e da desigualdade”. 
Recentes tentativas de acabar com o analfabetismo não tiveram pleno sucesso. O Plano Nacional de Educação propunha erradicar o analfabetismo em 2005. O Plano Brasil Alfabetizado  (PBA) de 2003 propunha erradicar o analfabetismo em 4 anos (2007).
O Brasil assumiu, na Conferência da UNESCO – ONU, reduzir até 2015 a taxa de analfabetos para 6,7% da população estimada em 154 milhões de pessoas, ou seja, reduzir para 10 milhões de analfabetos os atuais 13,9 milhões. Não é uma meta fácil: de 2000 a 2010, o Brasil reduziu em apenas 2,3 milhões os analfabetos. Por este ritmo, apenas em 2020 o Brasil conseguirá cumprir a meta que assumiu com a ONU para 2015.
Houve uma queda maior do analfabetismo nas crianças de 10 a 14 anos 9de 7,3% em 2000 para 3,9% em 2010), mas ainda há cerca de 671 mil nesta faixa que não sabe ler e escrever. A grande dificuldade para reduzir a taxa de analfabetismo está na faixa de 60 anos: um em cada 4 brasileiros nesta faixa não sabe ler e escrever.
Em São Paulo, a taxa de analfabetismo no Estado é de 4,3%. Em Osasco, de 5,8%. Aqui funciona o EJA – Educação de Jovens e Adultos em 39 escolas com 2.500 alunos. O MOVA – Programa de Alfabetização de Adultos formou 600 educandos em 2010.
Nos anos 80, na administração Parro, foi feito um grande esforço de alfabetização de adultos em Osasco através do programa “Educação Prá Valer”. Foi uma grande mobilização da cidade que, infelizmente, não teve continuidade. 

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